O estranho me fascina,
o diferente me alucina.
E quando viro a esquina,
caio na piscina.
Piscina de devaneios,
aqueles que não param de aparecer,
o tempo todo,
todo o tempo,
e que nos enchem de prazer.
A estranheza dos pensamentos,
que são cheios de alentos,
nos exigindo ficar atentos,
porque são apenas armamentos.
Armamentos de nós mesmos,
do que sentimos,
do que pensamos
e de como agimos.
Não somos nós que decidimos
como nos sentimos
quando ouvimos
algo que não pressentimos.
Então, caro leitor,
digo para não ficar confuso
com meu poema difuso.
Porque o sentido do que nós poetas escrevemos,
não está nas palavras e versos que unimos,
mas sim na interpretação de cada um
e de como impacta em ti.